CORDIALIDADE BRASILEIRA: hábitos, práticas e coronavírus

Palavras-chave: Coronavírus, Cordialidade, Isolamento Social, Sociedade do Contato

Resumo

A partir da interpretação de categorias chave do Pensamento Social Brasileiro, como cordialidade, jeitinho e malandragem, este artigo pretende compreender o impacto do coronavírus e do isolamento social em uma sociedade do contado marcada pela mobilidade relacional. Como administrar a suspensão do contato presencial em uma sociedade onde ele desempenha papel primordial? A metodologia empregada foi a qualitativa, tendo sido feita uma pesquisa bibliográfica para levantamento das referências e o material foi lido com uma perspectiva crítico analítica.

Biografia do Autor

Marcia Teixeira Cavalcanti, USU

Doutora (2014) e Mestre (2002) em Ciência da Informação, pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (PPGCI) do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), convênio Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Graduada em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) (1991) e em Letras Português-Literatura pela Sociedade de Ensino Superior Estácio de Sá (UNESA) (2006). Professora do curso de Administração da Universidade Santa Úrsula (USU) onde é membro do Colegiado do Curso. Leciona nos cursos de Direito e Psicologia (USU).

Adriano Rosa da Silva, USU

Graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1990). Mestre em Sociologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1995). Doutor em Educação Física e Cultura na Universidade Gama Filho (2007). Pós Doutor em andamento no Laboratório de Práticas de Integralidade em Saúde do Instituto de Medicina Social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Coordenador e Professor permanente do Mestrado Profissional em Gestão do Trabalho para Qualidade do Ambiente Construído na Universidade Santa Úrsula.

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Publicado
2020-06-03
Como Citar
Cavalcanti, M., & Silva, A. (2020). CORDIALIDADE BRASILEIRA: hábitos, práticas e coronavírus. Revista Augustus, 25(51), 150-164. https://doi.org/https://doi.org/10.15202/1981896.2020v25n51p150