IMPACTO DA AGRICULTURA IRRIGADA NA POTÊNCIA HIDRELÉTRICA INSTALADA NA BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO
Resumo
O rio São Francisco é um dos rios mais importantes do Brasil, possuindo grande relevância nas regiões sudeste e nordeste, devido a sua localização geográfica e o desenvolvimento de várias atividades econômicas. A principal atividade econômica na região é a agricultura irrigada. Outra atividade econômica que também necessita de água na bacia são as usinas hidroelétricas. As usinas instaladas na calha do rio São Francisco necessitam de grandes volumes de água para a geração de energia, ao passo que da irrigação, deriva uma quantidade considerável da vazão do rio São Francisco para atender as demandas hídricas das culturas. Assim uma atividade exerce influência sobre a outra. Logo o objetivo do trabalho foi estimar a potência hidrelétrica que deixa de ser produzida em virtude da demanda hídrica necessária para atender as necessidades hídricas das culturas da banana, manga, uva, cana, milho e feijão na bacia do rio São Francisco. Foram estimadas a vazão mensal demandada pelas culturas e em seguida a potência instalada de deixa de ser gerada por tal vazão. A potência total instalada nas usinas hidrelétricas em estudo é de 9.971.500 kW, e os resultados mostram que no mês de setembro é onde se tem maior redução no potencial de irrigação (0,37%) o que corresponde a 36472,56 kW, seguido pelo mês de julho (0,24%), equivalendo a 25927,20 kW. Os resultados comprovam que nos meses da estação seca maiores são os impactos da agricultura irrigada em virtude da maior necessidade de irrigação nesse período.
Referências
ANA et al. Projeto de Gerenciamento integrado das atividades desenvolvidas em terra na bacia do Rio São Francisco - Subprojeto 4.3 - Quantificação e Análise da Eficiência do Uso da Água Pelo Setor Agrícola na Bacia do São Francisco. Viçosa: [s.n.].
ANA et al. Projeto de Gerenciamento integrado das atividades desenvolvidas em terra na bacia do Rio São Francisco - Subprojeto 4.5C– Plano Decenal de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco -PBHSF (2004-2013). Brasília: [s.n.].
ANDRADE, A. DE L.; SANTOS, M. A. DOS. Hydroelectric plants environmental viability?: Strategic environmental assessment application in Brazil. Renewable and Sustainable Energy Reviews, v. 52, p. 1413–1423, 2015.
ANEEL. Atlas da Energia Elétrica no Brasil, 2002. (Nota técnica).
ARAÚJO, D. N. O.; SOUZA, E. C. DE. O Rio São Francisco e o desenvolvimento econômico de municípios mineiros localizados em sua bacia. RDE - Revista de Desenvolvimento Econômico, v. 2, n. 34, p. 459–480, 2016.
BRASIL, M. DO M. A. São Francisco - Caderno da Região Hidrográfica. [s.l: s.n.].
CICOGNA, M. A. Um sistema de suporte à decisão para o planejamento da operação de sistemas hidrotérmicos de potência. [s.l: s.n.].
EMBRAPA. Principais doenças do feijoeiro comum e seu controle. [s.l: s.n.].
EMBRAPA. Cultivo da Mangueira. [s.l: s.n.].
EMBRAPA. Cultivo da Videira. [s.l: s.n.].
EMBRAPA. Sistema de Produção da Bananeira IrrigadaEmbrapa Semiárido. [s.l: s.n.]. Disponível em:
MACHADO, B.; NETTO, O. Análise econômica aplicada à decisão sobre alocação de água entre os usos irrigação e produção de energia elétrica: O caso da bacia do Rio Preto (DF/GO/MG). Revista Brasileira de Recursos Hídricos, v. 15, n. 4, p. 105–119, 2010.
SANTOS, M. O. et al. Avaliação das alterações hidrológicas da bacia do rio São Francisco causadas pela construção da usina hidrelétrica de Sobradinho. Scientia Plena, v. 13, n. 11, p. 1–12, 2017.
SILVA, B. C. DA; CLARKE, R. T. Análise estatística de chuvas intensas na bacia do Rio São Francisco. Revista Brasileira de Meteorologia, v. 19, n. 3, p. 265–272, 2004.
O conteúdo dos artigos é de responsabilidade exclusiva do(s) autor(es), que se declaram responsáveis por qualquer reclamação de terceiros quanto a conflitos envolvendo direitos autorais, isentando a Revista Augustus de quaisquer pendências envolvendo suas publicações. A cessão de direitos autorais não acarretará em nenhuma espécie de ônus para a revista.
Os autores de trabalhos aprovados declaram a originalidade, o ineditismo e a atualidade de todo o conteúdo do artigo, mediante a apresentação da referência completa de todas as fontes utilizadas no texto e transferem para a Revista Augustus o direito de normalização, edição e publicação do artigo, de modo inédito e exclusivo por nenhum outro meio. Caso seja verificada a quebra de exclusividade, a submissão será arquivada e os autores serão impedidos de publicar novamente na revista por 5 (cinco) anos, sem prejuízo das ações cíveis/penais previstas em lei.
O autor tem plena ciência de que: a) a submissão poderá ser recusada caso o Conselho Editorial da Revista Augustus não considere pertinente a publicação, por quaisquer motivos, devidamente fundamentados; b) os editores reservam-se o direito de modificar o texto da submissão - sem alteração de conteúdo - para normalizá-lo e adaptá-lo às normas de publicação.É permitida a cópia, total ou parcial, de artigo publicado na Revista Augustus, desde que devidamente citada a fonte, sendo vedado o uso comercial e a produção e distribuição de trabalhos derivados.