A FESTA DA PENHA E O SAMBA

PATRIMÔNIOS DO RIO DE JANEIRO

  • Ricardo do Carmo Centro Universitário Augusto Motta – UNISUAM
  • Eduardo Barbuto Bicalho Centro Cultural Justiça Federal
  • Maria Geralda de Miranda Centro Universitário Augusto Motta – UNISUAM
Palavras-chave: Festa da Penha, Samba, Capital Social, Economia Criativa, Desenvolvimento

Resumo

Este artigo aborda a importância do samba como elemento de consolidação da Festa da Penha, que já foi a segunda maior festa popular do Rio de Janeiro, Brasil, perdendo apenas para o carnaval. Discute, na esteira das teorizações sobre desenvolvimento local, a existência de uma rede de solidariedade que transformariam as celebrações à padroeira Nossa Senhora da Penha em um acontecimento, em torno do qual se organizavam médios e pequenos negócios. A “mola propulsora” do evento era o samba, que criava vínculos e aproximava pessoas. A Festa, motivada pela devoção e ornamentada pelo samba, era espaço de renovação da força comunitária.  Por fim, o artigo trata da importância do material simbólico-cultural da área da Penha, que ficou um longo período sob o imperativo da violência, mas que hoje volta a se desenvolver.

Biografia do Autor

Ricardo do Carmo, Centro Universitário Augusto Motta – UNISUAM

Mestre em Desenvolvimento Local pelo Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM), especialista em Ciência da Literatura e Folclore Brasileiro pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Eduardo Barbuto Bicalho, Centro Cultural Justiça Federal

Mestre em Direito pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), especialista em Direito Público pela Universidade Cândido Mendes (UCAM) e graduado em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2007). Atualmente é Chefe do Setor de Publicações do Centro Cultural Justiça Federal (CCJF).

Maria Geralda de Miranda, Centro Universitário Augusto Motta – UNISUAM

Professora do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Local, do Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM), onde também é professora titular. Pós-doutora em Estudos de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Doutora em Letras com ênfase em estudos pós-coloniais pela Universidade Federal Fluminense (UFF), especialista em Literaturas Vernáculas pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e mestre em Literatura Comparada com ênfase nos estudos culturais pela Universidade Federal Fluminense (UFF).

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Publicado
2018-11-14
Como Citar
do Carmo, R., Bicalho, E., & Geralda de Miranda, M. (2018). A FESTA DA PENHA E O SAMBA. Revista Augustus, 22(44), 160-174. https://doi.org/https://doi.org/10.15202/1981896.2017v22n44p160
Seção
Artigos em fluxo contínuo